A PALAVRA DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA

Pe. Leonardo
Palestra do Pe. Leonardo Henrique no Retiro das SMP’s
No retiro missionário, ocorrido dia 11 de agosto, Padre Leonardo conduziu a primeira reflexão sobre a Palavra de Deus na Missão da Igreja. Ele iniciou seu discurso afirmando a alegria de fazer parte desta grande comunidade que compartilha a mesma fé, “o fato de termos o mesmo Senhor, o mesmo Mestre, aquele que é o sentido das nossas vidas”. Ele ressaltou o fato de não sermos simplesmente católicos, mas missionários e nos identificamos com a missão.
Durante toda a sua fala o Pe. Léo destacou a importância da Palavra na missão. Ele recordou a expressão do Pe. Luís Mosconi que diz: “Missionário sem Bíblia não presta!” Neste sentido, sugeriu as seguintes passagens da Escritura: Gn 1,1; Ex 33,10; Jo 1,1; Rm 10,14 e Hb 1,1. Através delas ele afirmou enfaticamente que a Palavra é o próprio Deus, isto é, trata-se do próprio Jesus Cristo, Verbo Eterno, que já existia antes de tudo. Assim o padre explicou aos fiéis que a Palavra é anterior à Escritura, ela é Deus e nada existe sem ela. A Palavra não deve ser entendida apenas como letra, mas de maneira bem mais abrangente, pois trata-se da Palavra de Deus.
A Palavra revela quem é Deus, diz quem ele é e diz quem somos nós. Revela que tudo o que Deus fez é bom e que o próprio Deus é muito bom. Como diz o salmo 8, “contemplando o céu e tudo o que existe, perguntamos, que é o homem para que Deus se interesse por ele?” Na verdade, se olharmos todo o Antigo Testamento, podemos observar que Deus sempre deseja se revelar como amigo e companheiro de seu povo, dialogando e tornando-se sempre mais próximo dos seus.
Com muita propriedade, bem fundamentado na Escritura, Padre Léo explicou a todo o povo o conceito fundamental da teologia cristã: A Divina Revelação. “Nos tempos antigos, muitas vezes e de muitos modos Deus falou aos antepassados por meio dos profetas. No período final em que estamos, falou a nós por meio do Filho” (Hb 1,1-2). Em outras palavras, Deus não se contentou em falar-nos por meio dos profetas. Ele, que é a própria Palavra, se fez carne e habitou entre nós! Logo, a Palavra não é uma mensagem, um texto, ela é uma pessoa! Por isso não podemos idolatrizar a Bíblia, pois, a Palavra não se restringe a ela! E Jesus Cristo, plenitude da Revelação de Deus, é o conteúdo de toda a Bíblia, seja do Antigo seja do Novo Testamento, toda a Escritura deseja falar dele.
Como fruto da nossa amizade com Deus, como resposta ao amor deste Deus que se revelou a nós por meio de seu Filho, devemos nos dedicar, devemos dar a nossa vida pela missão. “Como poderão invocar aquele no qual não acreditaram? Como poderão acreditar, se não ouviram falar dele? E como poderão ouvir, se não houver quem o anuncie? Como poderão anunciar se ninguém for enviado?” Rm 10,14s. “Ser cristão, ser missionário não é uma carga, um peso, mas um dom!”
Padre Leonardo encerrou sua reflexão apresentando o Documento de Aparecida e a ênfase ali bem expressa na necessidade de uma pastoral bíblica, entendida como animação bíblica da pastoral. “É fundamental nos propormos a ler toda a Bíblia! E não podemos dizer que não temos tempo!” O discípulo missionário não sobrevive sem leitura bíblica, sem círculos bíblicos, sem Escola da Fé. Além disso, e fundamentalmente, toda a Celebração da Missa é uma grande e privilegiada leitura e vivência da Palavra.
Diocese de Patos revive as Santas Missões Populares
O retiro diocesano de continuação e retomada das Santas Missões Populares teve início com uma festiva acolhida realizada à entrada do Clube Coliseum Hall feita pelos jovens do EJC e com a animação conduzida pelo Pe. Evandro Romero e sua equipe.
Durante a oração do Ofício Divino das Comunidades em memória da Santa Virgem Maria, fez-se a recordação da vida trazendo presente os retiros diocesanos realizados com a presença do Pe. Luís Mosconi e os retiros que ocorreram em âmbito paroquial. Recordou-se ainda o retiro conduzido pelo Pe. Cláudio Sartori sobre a Lectio Divina ocorrido em nível diocesano na igreja de Santo Antônio em Patos.
Destacou-se que as Santas Missões Populares, realizadas por ocasião do Jubileu Áureo Diocesano, continuam transformando e produzindo diversos frutos nas comunidades e áreas missionárias em seus círculos bíblicos, visitações e celebrações que tem conduzido a Diocese de Patos a uma construção cada dia mais eficaz de uma rede de comunidades organizadas e corresponsáveis. Recordou-se também o estado de vacância da sede episcopal de Patos e o trabalho desenvolvido pelo Pe. José Ronaldo Marques, administrador diocesano.
A oração prosseguiu com a acolhida da imagem de Nossa Senhora da Guia, padroeira diocesana, que foi trazida por vários missionários tendo em suas mãos lâmpadas acesas. Em seguida, após o canto do salmo 92, da leitura da carta de São Paulo aos Gálatas (4,4-7) e das preces, o ofício foi encerrado com a oração de bênção e o encontro prosseguiu a sua programação.
O Pe. Flávio Mamede, coordenador diocesano de pastoral, dirigiu a palavra aos missionários recordando que a única Igreja de Jesus Cristo é sempre missionária e aprende de Jesus a sua missão. Ele chama ao retiro para que, participando de sua presença, cada um seja enviado à missão. Em seguida o mesmo padre acolheu cada uma das foranias como também os padres, religiosas, pastorais e, de maneira muito carinhosa, toda a juventude presentes no retiro.
Abrindo oficialmente o retiro, o Pe. José Ronaldo tomou a palavra e acolheu a todos dando especial destaque à presença das crianças no encontro. Ele recordou o Plano Diocesano de Pastoral que, em sintonia com as DGAE afirma que a Igreja deve estar em “estado permanente de missão”. “O retiro deve reacender em nós o fogo da missão”. Deve nos ajudar a prepara o Ano da Fé, proclamado pelo Papa que nos exorta a crer para evangelizar. O administrador diocesano informou que o retiro será realizado com a ajuda dos padres Elias, Maurício e Leonardo, todos da Diocese de Patos. Encerrou sua palavra pedindo as bênçãos de Nossa Senhora da Guia para o bom êxito deste encontro.
Maria Joseny - Josa